quinta-feira, 29 de outubro de 2009
INGÁ monitora qualidade das águas de Caetité e Lagoa Real
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Palestra discute Responsabilidade Civil na Sociedade de Risco
A modernidade, as responsabilidades e os riscos da sociedade industrial e a necessidade de adequação das leis que regem os crimes ambientais serão discutidos na palestra “Dilemas da Responsabilidade Civil na Sociedade de Risco”, que será proferida pela doutoranda em Direito Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e consultora do Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ), Carolina Medeiros Bahia. O evento acontecerá nesta quarta-feira, 28, às 14h, no auditório Paulo Jackson, na sede do órgão, no Itaigara.
De acordo com a palestrante, a sociedade não se dá conta dos riscos que podem futuramente ocorrer e que são desencadeados a partir dos pequenos atos humanos. “A sociedade de risco não tem a preocupação com as consequências que podem ser geradas no futuro, e não pensa nas proporções até que sejam percebidos os danos em nível global. Por isso, é necessário que sejam revistos os institutos jurídicos, em particular a responsabilidade civil ambiental, de modo que possamos punir com mais eficácia todos aqueles que cometam os mais diversos crimes ambientais”, explica.
Sociedade de Risco
O sociólogo Ulrich Beck define a “Sociedade de Risco”como o estágio da modernidade em que as ameaças produzidas pela Sociedade Industrial começam a tomar corpo. É nessa fase que os riscos ambientais podem ser observados como globais. Nessa nova fase, a sociedade não tem a preocupação do tempo, se os danos já podem ser sentidos hoje ou pelas gerações futuras e não questiona a efetividade dos mecanismos de controle, que são as leis que deveriam tornar esses riscos cada vez menores.
INGÁ
Licenciamento Ambiental no Brasil é tema das Quintas Ambientais deste mês
A quarta edição do Programa Quintas-Feiras Ambientais 2009 traz o mestre em Ciência Ambiental pela Universidade de São Paulo – USP, Alexandre Nascimento, dia 29, no Auditório do Instituto do Meio Ambiente (IMA) em Salvador, às 8h30.
Debaterão com o palestrante a diretora Geral do IMA, Beth Wagner e o professor da UFRJ, Carlos Frederico Loureiro, que na ocasião lança o livro, Educação Ambiental no Contexto de Medidas Mitigadoras e Compensatórias de Impactos Ambientais: A Perspectiva do Licenciamento.
Concursos de Artigos – A participação nos eventos das Quintas Ambientais valida a participação no 1º Concurso Estadual de Artigos Técnicos na Área Ambiental, que tem o objetivo de promover e difundir o conhecimento acerca dos temas: Avaliação Ambiental Estratégica; Licenciamento Ambiental no Brasil; Saúde Ambiental – O Equilíbrio do Ambiente como Proteção à Saúde Humana e Gestão Florestal (proteção e desenvolvimento).
O Concurso é parte integrada do Programa Quintas-feiras Ambientais, idealizado pela Diretoria de Estudos Avançados do Meio Ambiente (Deama). O melhor artigo selecionado vai receber o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).
A participação no concurso está condicionada a presença nas palestras realizadas no próprio Instituto.
IMAterça-feira, 27 de outubro de 2009
Bamim pode causar impacto para moradores da região
No artigo abaixo, ele alerta a comunidade do surf para a consciência ecológica em Ilhéus (BA), em plena época de Pan American Surfing Games.
1976. Eu completava dez anos de idade, e ganhei uma prancha de isopor do meu pai. Foi rápido - observando as imagens de surf na televisão, e mesmo dos primeiros surfistas em Morro de São Paulo, aprendi a ficar em pé na pranchinha, do meu tamanho.
Com o tempo, fui convivendo tão profundamente com a natureza da costa baiana e brasileira que o surf e a beleza desta costa se revelam hoje para mim, e creio, para tantos surfistas, como duas faces do mesmo santuário.
Anos depois, comecei a participar de campeonatos em Valença, pequenas competições na praia do Guaibim. A disputa pelo primeiro lugar movia o coração de muitos surfistas, mas a paz daquele esporte continuaria presente no meu coração, mesmo que o cenário fosse tomado de públicos estranhos, patrocínios e interesses diversos ao esporte.
Novamente assisto a cena - Ilhéus, município localizado no sul da Bahia, será cenário do Pan American Surfing Games, que reunirá, entre os dias 7 e 14 de novembro, na praia de Batuba, em Olivença, competidores de 20 países do continente.
A comunicação oficial do evento tem uma estratégia embutida - promover a imagem de empresas e entidades patrocinadoras, algo absolutamente natural em eventos deste tipo. A diferença deste campeonato é que uma das empresas patrocinadoras é a BAMIN, uma empresa de capital indiano e do Casaquistão (até onde se sabe) que tem foco na exportação de minério de ferro de Caetité - além do altíssimo impacto possível na região da jazida, o negócio se complica porque a idéia da empresa, junto com o governo da Bahia, é de escoar o produto pelas praias limpas da praia do Norte, mais precisamente a ponta da Tulha.
Importante balneário do povo grapiúna, esta costa ficou famosa em todo o mundo pela altíssima biodiversidade de suas florestas. Milhares de pessoas trabalham hoje nesta região com o turismo, a pesca e a agricultura familiar, a maioria produtores orgânicos.
Escolas como o Dendê da Serra e Rosa dos Ventos, ao lado do Parque do Conduru, formam crianças junto com a natureza preservada, ensinando-as o valor do meio ambiente desde as primeiras letras.
A propaganda do evento continua: serão mais de 300 surfistas classificados em seus países de origem através de competições qualificatórias que disputarão, em Ilhéus, o título de "melhor da América" em várias categorias.
A BAMIN, pegando carona no surf, quer nos vender a idéia de que a empresa está associada a um esporte movido física e espiritualmente pela natureza, desde os primórdios, na polinésia.
Vale a pena dizer para os surfistas locais e americanos de tantos países que virão para este evento aquilo que a empresa faz questão de omitir - Em busca do lucro da mineração, a empresa poderá comprometer uma área de proteção ambiental - a Lagoa Encantada, e muitos quilômetros de praias poderão ser poluídos com o pó de ferro, além dos impactos da zona portuária em um local atualmente muito preservado.
Baleias, tartarugas, golfinhos, corais e uma infinidade de peixes estão já sentindo uma presença estranha nesta costa, com as investidas da Bamin sobre os oceanos, em pesquisas do fundo, tentando mostrar a viabilidade técnica de um mal negócio para Ilhéus - transformar a maravilhosa costa do Norte em um pátio de minérios.
Para beneficiar a quem? Os surfistas de toda a região estarão curiosos, durante o campeonato, para saber quem são os melhores surfistas da América. Nós, do outro lado da mídia, sabemos que o evento tem um outro propósito - melhorar a imagem de uma empresa que quer destruir o encanto do nosso litoral em fração de meses, movidos pelo dinheiro do ferro, litoral que foi feito com muito carinho ao longo de milhões de anos.
Fica a pergunta no meio das ondas de Batuba, em Olivença - a Bamin deve mesmo explorar o ferro de Caetité, mesmo causando tanto impacto para os moradores daquela região ? A sua logística faz sentido pela APA da Lagoa Encantada, destruindo uma das mais belas paisagens do litoral americano? Enquanto esperarem as ondas, no outside, os atletas ficarão se perguntando o que eles e elas têm a ver com tudo isso. E é óbvio que têm!
Por Rui Rocha
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Justiça da Bahia proíbe plantio de eucalipto da Veracel em Eunápolis
Mais uma vez, a Veracel Celulose (da suecofinlandesa Stora Enso e da Fibria – ex-Aracruz Celulose), uma empresa certificada pelo selo verde do FSC por seu suposto ‘manejo florestal sustentável’, foi condenada pela Justiça brasileira. Numa decisão, datada de 29 de setembro de 2009, o Juiz Otaviano de Souza Sobrinho do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, decidiu acatar um pedido de liminar proposta pelo Ministério Público Estadual na Ação Civil Pública 2497100-2 2009, contra a empresa Veracel Celulose e autoridades ambientais da Bahia.
O Juiz decidiu que o Instituto de Meio Ambiente (IMA) e o Conselho de Meio Ambiente (CEPRAM) da Bahia não podem mais conceder novas licenças para Veracel para o plantio de eucalipto no município de Eunápolis até que seja concluída uma Avaliação Ambiental Estratégica e implementada um zoneamento ecológico e econômico do município, podendo inclusive significar a retirada de eucaliptos de áreas excedentes, ou seja, áreas que não serão indicadas para o plantio de eucalipto.
Para determinar o limite máximo no município de Eunápolis de 20% de plantio de eucalipto, conforme o condicionante 1.239 de 1996, sendo plantio próprio da empresa e também o plantio terceirizado através do chamado ‘fomento’, o Juiz determinou que apenas as terras agricultáveis fossem consideradas e não toda a área do município, como era a lógica da Veracel e das autoridades. Ou seja, o Juiz mandou excluir as áreas urbanas, as áreas de reserva legal e de preservação permanentes.
O Juiz determinou ainda que os órgãos competentes façam uma avaliação ambiental estratégica conforme as necessidades do município em termos da expansão das atividades ‘agropecúarias, com ênfase nas atividades de agricultura de subsistência’, mostrando uma real preocupação com a segurança alimentar do município. Também pediu para que fossem considerados os impactos sobre os recursos hídricos do plantio do eucalipto e da cana-de-açucar, e apresentadas soluções e formas de reduzir esses impactos. Decidiu ainda que sejam divulgados o nome e a qualificação das empresas que assumirão a tarefa de realizar essa avaliação ambiental estratégica.
Mas não é só isso. O juiz ainda determinou que é preciso um acompanhamento ‘a cada corte’ da área total permitida para o plantio para a Veracel, conforme a licença que permite um máximo de 96 mil hectares. O juiz baseia essa determinação numa constatação do próprio IMA, que existem 37 mil hectares de ‘plantio clandestino’, sem falar dos plantios do fomento, ‘que estão regulares ou ilegais, os quais conduzem ao enriquecimento ilícito da aludido empresa, por meio de aquisição de matéria prima de origem ilícita (..), com enormes prejuízos para o meio ambiente’.
O juiz determina ainda que o CEPRAM cobra recursos financeiros da Veracel como compensação ambiental pelo plantio de eucalipto ‘autorizado aleatoriamente’, para ser usado para criação de unidades de conservação, e para que reveja o licenciamento ambiental do fomento, propondo uma gestão solidária entre fomentado e empresa. A empresa é proibido plantar mais eucalipto até a ‘adequação das áreas que lhe foram legalmente licenciadas’.
Por fim, determinou também que o Banco do Brasil e o BNDES não liberam novos recursos para plantio de eucalipto no município de Eunápolis que tenha como beneficiário Veracel, considerando que tais plantios são considerados ilícitos.
Numa única decisão, este juiz estadual resumiu uma série de impactos negativos do plantio de eucalipto em larga escala, denunciada por tantos anos pelas comunidades locais afetadas, por movimentos sociais e ONGs. São impactos como a concentração de terras, sobretudo terras agricultáveis, causando expulsão de moradores e colocando em risco a segurança alimentar e provocando ainda impactos negativos sobre os recursos hídricos. Nem o próprio Estado tem controle sobre a quantidade de terras que a empresa tem. E tudo isso tem sido financiado com dinheiro público do BNDES e ainda tem ganhado selos verdes supostamente ‘sustentáveis’, por exemplo, do FSC. Tudo isso em função da busca do lucro, ou em palavras do próprio Juiz, do ‘enriquecimento ilícito’.
Esperamos que essa decisão contribua para que muitas que se deixam iludir por este tipo de projeto acordem e comecem a lutar por um outro projeto para o Extremo Sul da Bahia que valorize outras formas de buscar melhorar a vida da população, baseada na pequena agricultura, na segurança alimentar, na agro-ecologia, na reforma agrária, nos pequenos empreendimentos, na busca de inclusão dos milhares que foram perdendo seus futuros com este projeto de eucalipto para celulose de exportação.
Fonte: CEPEDES - Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia
terça-feira, 13 de outubro de 2009
IEAT realiza décima primeira edição da Feira de Educação
Farol da Cidade
domingo, 11 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
IMA lança 1º Concurso Estadual de Artigos Técnicos na Área Ambiental
O Instituto do Meio Ambiente (IMA) torna público o 1º Concurso Estadual de Artigos Técnicos na Área Ambiental, com o objetivo de promover e difundir o conhecimento acerca dos temas: Avaliação Ambiental Estratégica; Licenciamento Ambiental no Brasil; Saúde Ambiental – O Equilíbrio do Ambiente como Proteção à Saúde Humana e Gestão Florestal (proteção e desenvolvimento).
Parte integrada do Programa Quintas-feiras Ambientais, idealizado pela Diretoria de Estudos Avançados do Meio Ambiente (Deama), o melhor artigo selecionado vai receber o valor de R$ 1.000,00 (Hum mil reais).
A participação no concurso está condicionada a presença nas palestras que serão realizadas no próprio Instituto.
Palestras:
Avaliação Ambiental Estratégica
24/09/2009
Licenciamento Ambiental no Brasil
29/10/2009
Saúde Ambiental – O Equilíbrio do Ambiente como Proteção à Saúde Humana
26/11/2009
Gestão Florestal (proteção e desenvolvimento)
10/12/2009
IMA